segunda-feira, 26 de abril de 2010

Visitando o País das Maravilhas

      Estando ansiosa pela estréia de Alice no País das Maravilhas, fui ao cinema nesse último final de semana para conferir o filme tão comentado, criticado e elogiado.
      Comprei o ingresso 3 horas antes da sessão, pois imaginei que se deixasse para última hora seria impossível conseguir. Apesar de ter entrado na sala alguns minutos depois do horário marcado, tive que assitir a 6 (isso mesmo, SEIS!) traillers antes do filme finalmente começar. E nem lembro de todos eles... só lembra que entre eles tinha uma versão nova e aparentemente piorada de Karatê Kid...
      Mas antes de relatar a minha experiência em assisitir Alice (que não foi em 3D e mesmo que fosse eu não poderia assitir porque os meus simplórios 7 graus de miopia impediriam...rs), gostaria de apontar um fato absurdo que pude observar.
      Como sempre, alguns atrasadinhos entraram na sala, pais acompanhados de crianças (a classificação do filme é de 10 anos, porém, tinha até criança de colo no cinema...esses pais são tão loucos quanto o Chapeleiro). Quando eles entraram na sala, a mesma estava completamente lotada, porém, certamente devia haver algum lugar vazio em meio aquele paredão de gente, mas na escuridão total não havia como localizar esses lugares, ainda mais com crianças.
      Não havendo outra forma, eles acabaram sentado nos degraus da escada, cerca de seis adultos e oito crianças pagaram pelo ingresso e foram obrigados a assistir duas horas de filme em um agradável e confortável degrau. Fiquei imaginando se o Orient vendeu ingressos além do limite máximo...mas se os próprios prejudicados não foram reclamar, não seria eu quem falaria alguma coisa...
     Assuntos polêmicos e absurdos à parte, posso dizer que o filme é realmente uma produção surpreendente, com efeitos de encher o olhos...tudo é cuidadosamente colocado em seu lugar, as cores, as formas, os personagens.


      O filme sendo dublado, não dá pra avaliar perfeitamente a atuação dos atores, porém expressões e gestos falam muito. A atuação de Mia Wasikowska, a Alice, não é muito expressiva, apesar de fisicamente corresponder fielmente a aparência que imagino de uma Alice.
      Já Helena Bonham Carter (esposa do diretor Tim Burton) atua incrivelmente bem, dando vida a Rainha Vermelha...é hilário vê-la dizendo por qualquer motivo "Cortem-lhe a cabeça!". E se você procuram no Google verá que a cabeça dela se parece e muito com o da sua personagem...:-P
       Outra atriz que atua com leveza é a bela Anne Hathaway interpretando a Rainha Branca. Uma personagem doce mas sombria ao mesmo tempo. Aliás, tudo no filme, até Alice. Tudo tem um ar sombrio, misterioso, longe de ser apenas uma historinha infantil contada paras as crianças antes de dormir. Repito, esse filme não é para criança mesmo...o sorriso daquele gato evaporante é assustador.
       Dentre todos os personagens, o mais bonito (nesse caso é o personagem, não do ator, que também é bonito) de se ver é o Chapeleiro Maluco, intepretado por Johnny Depp. Claro que sua interpretação fica em desvantagem com a péssima dublagem, mas outros detalhes fazem dele o personagem mais marcante dessa história.
        A maquiagem de todos é impecável. Os efeitos visuais e sonoros também. Porém, em alguns momentos o genial Tim Burton (sou fã!) abusa da genialidade (todo gênio é um pouco louco) e exagera na loucura. Confesso que em alguns momentos me perdi na história.
       Enfim, Alice no País das Maravilhas é mostrado de uma forma surreal e instigante à imaginação, tendo tudo para se tornar um dos melhores filmes do ano  e provavelmente ganhar algum Oscar.

        Vale a pena você ir conferir. Mas se não quiser correr o risco de sentar na escada, aguarde sair em DVD.
      

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