segunda-feira, 12 de abril de 2010

Alternativa C ou alternativa E: eis a questão!

     Realizei neste final de semana a prova do concurso do Banco do Nordeste para o cargo de analista Bancário. Não tenho pretensão nenhuma de deixar a carreira de publicidade para me dedicar unicamente ao estressante e vulnerável ambiente bancário, o qual já experimentei há 4 atrás como "escraviária". Fiz como experiência, e claro, sob pressão daquela conhecida máxima que todos nós conhecemos de "ir em busca da estabilidade de um emprego federal." Acredito que dinheiro nenhum no mundo pague, no sentido mais literal da palavra, pelo estresse e medo de um cargo dentro de um banco, seja ele público ou não. Bem , mas não comecei a escrever esse post pra falar de coisas que você provavelmente está careca de saber.
     Como de costume, não estudei para essa prova, na verdade peguei no módulo poucas vezes e há tanto tempo que se eu realmente aprendi alguma coisa, já esqueci. Principalmente aquelas envolvendo cálculos e número, que eu, sinceramente, tenho pavor e não entendo nada. Não é vergonha pra mim admitir isso. Eu sou uma anta ( perdoe-me sra anta) quando o assunto é número. A menos que seja pra contar as moedas pra pagar os 2 reais da passagem de ônibus.
     Cheguei ao local da prova com 1 hora de antecedência, ao meio dia, como orientado no ato da inscrição. Procurei a sala onde realizaria a prova: sala 409 localizada no final de um corredor de um colégio estadual ao qual não devo citar o nome. Mas posso relatar que tal sala provavelmente deve ser ocupada por alunos da 1º séire, de tão pequenas e desconfortáveis carteiras onde tentei de todo jeito, me sentar de uma forma que minha coluna não pedisse socorro!
    Logo que me identifiquei, fui orientada a sentar na carteira etiquetada com meu nome: sexta carteira da primeira fila. Também fui orientada a retirar " todo e qualquer acessório." Provavelmente pra evitar qualquer possibilidade de algum James Bond feiraguayense tentasse colar com algum dispositivo escondido.
     Novamente, como de costume, li a prova inteiramente e fui respondendo automaticamente o que sabia. O que eu não sabia e nem conseguia calcuclar (olha a velha dificuldade com números), eu simplesmente chutava. E olha que sou boa no chute viu? Talvez tenha acertado alguma coisa num chute desses.
     Em uma hora e meia eu já havia terminado a prova. Me levantei sob o olhar surpreso e talvez maldoso dos outros candidatos. Eles devem ter pensado: ou essa menina é muito inteligente ou fez algum tranbique. Bem, a opção correta esses certamente não pensaram: não esquento cabeça com prova.
     Uma pessoa que se divide entre trabalho e faculdade tem que fazer malabarismo pra conseguir um restinho de tempo entre comer e dormir pra estudar algo além do que já é obrigatório. Não sou exemplo pra ninguém. Foi-se o tempo em que eu era a melhor aluna da sala na época do colégio, que recebia elogios de professores e despertava a fúria de colegas que não admitiam que eu fosse boa aluna. É o famigerado bullying.
    Mas quer saber? Ainda bem que esse tempo ficou pra trás. É tão bom ser normal. Não saber o assunto,  fazer prova final, não receber elogio de professor. Ter o direito de não saber de vez em quando, sem ninguém me comparando aos meus irmãos, esperando que eu tenha o mesmo desempenho que eles.
     Pois é, com um pouco de sorte, eu passo, porque se for pelo estudo...tô perdida!
     Pelo menos ainda posso ser publicitária...

Júh Costa

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