sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Para... o quê?





Neste dia em que completo mais uma primavera (ou qualquer metáfora que você deseje usar), por favor, nada de cantar aquela musiquinha irritante da Xuxa. Menos ainda que cantem o famigerado "Parabéns", bem menos que alguém puxe o coro de "Derrama Senhor!"

Para mim, é um dia como outro qualquer, apenas um ano mais velha. E não vejo motivo para festejar mais uma ruga, mais uma dor nas costas, mais umas gramas do peso que se carrega da vida.

Aniversário só tem graça quando somos crianças e desejamos (além de muitos presentes) que fiquemos logo mais velhos, crendo que (santa inocência) sendo adultos podemos fazer qualquer coisa.

Depois que crescemos nos damos conta que a vida vai se tornando mais pesada, cheia de responsabilidades que muitas vezes nem queremos. Éramos apenas filhos, de repente nos tornamos estudante, subordinada, namorada, esposa, mãe (Tô fora!), babá dos pais... o fim você sabe qual é.

Não!Não é uma visão negativa da vida. Mas um pouco de realismo não faz mal a ninguém. As pessoam fantasiam tanto nessas datas, como Páscoa, Natal, Aniversário, apenas para fugir por alguns instantes da sua realidade árdua. Muitas delas nem acreditam no significado das datas, só estão ali fazendo algazarra por que se deixaram contagiar.

Em 23 anos de vida, vi e vivi coisas que jamais imaginei ser possível quando era criança. Visitei lugares que, na minha visão inocente, pensei nunca ser capaz de conhecer. Obtive conquistas planejadas cuidadosamente, mas também algumas inesperadas, assim como me esparramei no chão com frustrações e decepções. Botei um pé na porta do outro mundo mas tirei a tempo de nenhum morador de lá me puxar de vez.

Conheci pessoas inesquecíveis e algumas talvez nunca mais encontre. Outras faço questão de esquecer e nunca mais cruzar o mesmo caminho.

Adquiri um gosto controverso por músicas e poesias depressivas e livros de auto-ajuda.

Tenho "criançofobia" e tem muita gente que me recrimina por isso.

Assim como os felinos e as corujas, prefiro a noite de luar. Mas em mesmo tom controverso contemplo o sol e a forma que ele me aquece.

Adoro praia mas jamais entro no mar ou em qualquer lugar onde o nível da água ultrapasse meus joelhos. Isso é resultado de uma das três coisas que estabeleci para aprender antes de morrer: andar de bicicleta, nadar e assobiar. (Acredite!)Me casei com o café e me tornei amante do chocolate. Ambos amores viciantes.

Fiz escolhas erradas e outras nem tanto. Me aventurei por caminhos desconhecidos e muitas vezes coloquei na margem dessas estradas convicções que jurava serem inabaláveis.

Critiquei, fui criticada.

Caí, levantei, caí, permaneci no chão até ter forças para me erguer novamente. E lá vem outra rasteira! Opa! Essa eu consegui dar um "duplo mortal carpado!"

Engoli sapos, jacarés, dinossauros...alguns ainda estão atravessados na garganta. Dá licença que uma hora boto pra fora!

Me apaixonei por comunicação, cinema, fotografia, artesanato, cultura nordestina.

Hoje (não sei amanhã) sou redatora publicitária, blogueira, poetisa e cantora de chuveiro nas horas vagas. (O estrelato que me aguarde!)

Será que falta mais alguma coisa nessa lista? Ah, com certeza... Mas seria necessário um post gigantesco para resumir uma vida que, assim espero, ainda tem muitos segundos pela frente.

Aos que me desejaram Felicidades neste dia, muito obrigada.

Um dia termino a listinha de motivos para comemorar essa data. Por enquanto ela só tem uma palavra: VIVER!

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Ah! Galera, muda o disco e vê se aprende um "Parabéns" diferente!

:-P


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