quinta-feira, 24 de março de 2011

Questão de escolha





Outro dia fui assistir ao tão falado filme Bruna Surfistinha. Sabe como é, quando falam demais sobre determinada coisa, a curiosidade grita e a gente tem que conferir.

Na minha sincera opinião, o filme exagera em cenas de sexo, palavrões e consumo de drogas, mas parece contar em detalhes as peripécias sexuais de Raquel Pacheco.

Filha tratada com indiferença pelo pai e pelo irmão, a justificativa da moça pra seguir o caminho da prostituição foi não querer depender da família adotiva.

Não querer depender é até justificável, mas tinha que ser como garota de programa? A verdade é que ela gostava da “bagaceira” e o que fez foi unir o útil ao agradabilíssimo, pelo menos na visão dela.

O que deixa bem claro em suas atitudes é o amor que a personagem tem, não por ninguém ou por si mesma, mas pelo dinheiro “fácil” que era possível conseguir para sustentar seus vícios em drogas, luxo e a tal independência que ela fazia questão de erguer a bandeira sempre que alguém a questionava sobre sua escolha.

Não tenho nada contra quem escolhe esse caminho, aliás, cada um sabe o caminho que escolhe e deve ser maduro o suficiente para arcar com as conseqüências. Muitas pessoas entram nesse mundo por querer ou por falta de opção na realidade em que vivem. Outras dizem que é um “emprego como outro qualquer”, mais um da “indústria do entretenimento.” 

Um dia ela decidiu mudar de vida e fez uma escolha diferente. Observando além da pornografia maquiada no filme, é possível entender que seu enredo trata sobre algo bem simples: as escolhas que fazemos na vida.

Bem, a vida sempre nos dá muitas opções a seguir, mas apenas uma escolha de cada vez. Algumas delas são reversíveis, outras não. Todas deixarão marcas que ficarão para sempre, seja para lembrarmos da nossa doce vitória ou do amargo fracasso. Em ambos os caminhos, sempre é possível fazer novas escolhas e recomeçar.

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