#CineRabisco: O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

Você provavelmente já deve ter visto um filme daqueles que intrigam, surpreendem e apaixonam. Assim é "O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus", de Terry Gilliam. Parte da ideia do filme não é tão original, afinal, essa história de fazer pacto com o "dito cujo", se arrepender e tentar enganá-lo já foi vista em outras produções, Chirrín chirrión que o diga.

No entanto, esse filme me encantou por outros motivos. O primeiro deles, a direção de arte surreal, levando os olhos de quem assiste por uma viagem perturbadora. Outro ponto é a presença do incrível e marcante Christopher Plummer, que parece já ter nascido velho e com cara de bruxo. Às vezes acho que ele realmente tem mais de 200 anos...

Por último, mas não menos importante, é o fato desse filme ter sido o último trabalho do eterno Heath Ledger, que morreu antes mesmo da conclusão da obra. 

Para tentar tapar o buraco deixado por Ledger, inseriram Johnny Depp, Jude Law e Collin Farrell  ô la em casa! em seu lugar, deixando uma interrogação: o filme já era louco assim antes do desfalque de Ledger ou foi sua perda que tornou o enredo tão intrigante?

A história se passa na Londres contemporânea, onde um grupo de teatro mambembe encena espetáculos criados pela leitura da mente de seus espectadores. O que ninguém sabe é que esse poder de Parnassus foi dado pelo coisa ruim em um pacto de imortalidade sob um preço alto: sua bela e doce filha (Lily Cole). No elenco tem ainda o simpático e fiel amigo Percy (Verne Tryer), que mesmo tendo metade do tamanho de Parnassus, parece ter o dobro do juízo.

O resto da história só você assistindo pra saber, afinal, esse é um daqueles filmes em que se saboreia cada minuto. Mas vale dizer: a partida de Ledger foi uma grande perda para o cinema, mas, na minha modesta opinião, esse filme foi um "adeus" em grande estilo.