quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Iemanjá e outras histórias



Eu sei, eu sei, o blog anda meio abandonado, como diria um fiel seguidor. Os meus dias estão muito corridos e a inspiração está sendo bastante consumida em outros trabalhos, mas estou tentando organizar o tempo, as idéias e a vida para manter esse espaço atualizado.

Justificativas à parte, esse post é para trazer novidades e despertar polêmicas.

Ontem, dia 2 de fevereiro, foi comemorado o Dia de Iemanjá. Essa é uma data mais que especial na Bahia, já que a Festa de Iemanjá que acontece em Salvador há 88 anos é uma das mais bonitas e fortes manifestações culturais do estado.

Todos os anos fiéis, admiradores e turistas lotam a orla do bairro do Rio Vermelho com a intenção de homenagear a Rainha das Águas com flores e lembranças.

Essa tradição despertou em mim a inspiração através de uma intrigante pergunta? Para onde vão as oferendas depositadas no mar em homenagem a Iemanjá? Barcas e mais barcas de madeiras abarrotadas de presentes como frascos de alfazema, espelhos, maquiagem, colares e tantos outros, oferecidos para envaidecer ainda mais a Rainha do Mar.

Antes que alguém diga que estou sendo preconceituosa ou algo do tipo, esclareço que respeito toda e qualquer manifestação cultural e religiosa, pois não tenho nada contra nenhuma delas.

Porém, é impossível para mim, alguém que tenta manter atitudes que não degradem o meio ambiente, ver que poucas pessoas pensam da mesma forma.

Assim como na Festa de Iemanjá, em outras manifestações onde oferendas são lançadas ao mar, a exemplo do Ano Novo, as águas são poluídas com elementos altamente perigosos para a vida marinha, porém a obscuridade da ignorância humana não permite que isso seja percebido.

Felizmente, esse ano os pescadores que participaram da da Festa de Iemanjá na capital baiana realizaram uma importante campanha, pedindo para que as pessoas não joguem no mar perfumes ou outros presentes que não sejam biodegradáveis, evitando assim a poluição do oceano. Atitude simples mas que se fosse seguida por todos os participantes faria muita diferença.

O Carnaval está chegando e espero sinceramente que a cena vista ano passado não se repita, onde toneladas de lixo foram retiradas do mar nas praias da capital, além das tantas outras que ainda permanecem ameaçando a vida marinha.

Aos que leram esse post, espero que não me vejam como mais uma "eco-chata", mas que aprendam a usar alguma porcentagem dos seus cérebros para perceber que cuidar desse planeta não é nenhum favor que se faz. É obrigação que temos de manter viva a vida do lugar que no recebeu sem cobrar nada em troca, para que não nos tornemos uma visita indesejada onde a dona da casa não consegue nos expulsar completamente.
  

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